sexta-feira, 14 de março de 2014

O que resta de mim

A cada minuto que passa, vejo me afastar daquilo que fui, daquilo que gostava, do que me fazia sentir bem.
um minuto a mais na minha vida, se torna na evidencia de que não sou o que antes fui... quando não tinha medo de ser extrovertido, de ser aberto e espontâneo, de falar para as pessoas, sem medo do julgamento que de mim faziam.perdi o jeito de conquistar, o jeito de seduzir, o jeito para arriscar...perdi meu jeito de ser.Queria mesmo encontrar alguém, queria mesmo tornar-me alguém, e viver para alguém. 
Tomo culpa à idade, tomo culpa já não ser atraente...tanto me fazem rir quando dizem que a beleza é a interior que conta...que clichés de trampa, ..mas também é verdade e tenho consiência que já não sirvo para ninguém, que vou acabar sozinho, que jamais vou sentir o calor de um corpo, o aperto de dois ternos braços, de um beijo sentido...imaginei o meu futuro quando ainda o tinha aberto, em branco e nunca me imaginei assim...cada vez mais isolado, cada vez mais longe de mim, cada vez mais perto do meu fim, só, vazio, sem uma réstia de mim.
gftb

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